quinta-feira, 16 de maio de 2013

Pirataria do direito contra a obra de João Gilberto

A justiça decidiu que a obra de João Gilberto deve ficar sob os cuidados da empresa EMI. Em decisão de segunda instância, um desembargador resolveu que o cantor não tem condições de manter e cuidar de sua própria obra. 
Já a gravadora, detentora dos originais chamados de "disco master", fez o que bem entendeu com os lançamentos da obra do cantor. Diante de discos valiosíssimos, atendendo a interesses de mercado, cortou faixas, alterou tempos e enfiou efeitos sintéticos na voz de João. Tudo isso para lançar duas obras em um só CD. 
Trava-se uma briga judiciária há anos para que os direitos dos originais retornem ao cantor. E enquanto isso, a população que deseja obter a obra de João nas lojas ou de alguma forma legal, é obrigada a comprar a obra pirateada pela empresa EMI. 
Certamente o que ocorre com essas músicas no formato original, é que elas são baixadas na internet de forma "ilegal". Não resta outra alternativa para quem deseja conhecer o músico sem essa lesão que a gravadora causou em sua obra.
A gravadora certamente é uma das que  engrossam o coro contra a pirataria digital. 
O direito e lei funcionam assim no primeiro mundo. Dependendo do interesse que estiver em jogo, transformam-se uns e outros em piratas, foras da lei, camelôs. 
Os direitos autorais de uma mega empresa intercontinental estão em jogo. Aí, meu amigo, nem o João Gilberto escapa de se transformar em pirata e camelô da própria obra. Imagine o cidadão comum.

Leonardo S. Faria
   

3 comentários:

Anônimo disse...

Com certeza absoluta. Em geral, no mundo moderno, as relações com os poderosos, somos sempre os cretinos e calhordas. Abração. Ficou muito bom o texto. Já posso compartilhar no Face?
Renato Faria

Chico Maia disse...

É isso aí,
meu caro!
Um absurdo esta decisão e o que a gravadora está fazendo.
Abraço,

Anônimo disse...

Gente que absurdo!!! Não sabia disso!! Obrigada pela informação!