sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Natalino



Natalino andava por aí.
Não tinha mulher, amigos,
dinheiro ou marido.

Pelas andanças, era querido.
Mesmo quase não sendo.
Quase inexistindo.

Riu, brincou,
tocou pandeiro,se enturmou.
Estava ali. Quase reconhecido.

Uma amizade quase camarada,
Uma ideia quase trocada,
uma risada, ora sincera,
ora forçada.

Se sentiu.
Fez parte daquilo.
Um misto existir,
inexistindo.







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