segunda-feira, 29 de abril de 2013

Medo e Ocupação do Espaço Público

A violência corrói a confiança dos iguais. Não é possível estar tranquilo de fato nas grandes cidades. Os crimes bárbaros chocam cada vez mais a sociedade que grita desesperada. Os cidadãos não sabem a quê e a quem recorrer. Mais violência. Psicológica, moral, física. Inevitavelmente é ela a válvula de escape. 
O medo é natural consequência desse processo. Policiais armados de um lado, nem sempre confiáveis, supostamente garantem a segurança social e, do outro, a obscura face incerta de onde virá o próximo criminoso violento. A sociedade entregue. Não há reação ante a violência inescrupulosa de uma ação armada, não importa de que lado venha, a violência é essencialmente aterrorizante e submete os simples mortais a paralisia completa.
Esse contexto de ódio, medo e violência, deixa a mercê dos tipos violentos, nossas ruas e espaços públicos em geral. As pessoas temem sair de casa. Logo pela manhã, os meios de comunicação enchem a família de sangue, de medo. É a estagnação causada por esses sentimentos.
Ouso dizer para abandonarem por momentos preciosos tais noticiários. Sair de casa e passar um dia pelo menos, atento às coisas boas que estão aí. Pequenas, singelas. 
Já pararam pra pensar que a maioria desses fatos tenebrosos que tomamos conhecimento nos chegam através desses meios de comunicação? Eles existem sim, sempre existiram, foram até piores outrora. Continuarão existindo. Perguntem a si mesmos se já presenciaram ou vivenciaram algo assim. Se sim, quão raro foi.
Sim, pessoas. Na vida, esses momentos são exceções. Sem exagero. Não deixem de frequentar as esquinas do seus bairros. Conversarem com seus vizinhos sobre sua rua. As praças que frequentam. A ocupação dos espaços públicos e o olhar atento a esses espaços é uma forma eficiente de segurança pública. Lugares ermos, abandonados são sempre um convite ao inesperado ato violento de uma mente perversa e certamente covarde. Porque em público essa coragem certamente não existiria. Daí pra frente, o problema é outro.


Leonardo S. Faria   

    

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